Vidas Secas

by - junho 04, 2017



Título: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos
Editora: José Olympio
Páginas: 175
Ano: 1938 (1°Edição)

Gênero: Romance/ Literatura brasileira


Narrado em terceira pessoa, o livro possui 13 capítulos e tem como personagem principal Fabiano, contando sua história e de sua família, formada por Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorra Baleia (Sim, ela é considerada família) e um papagaio – que infelizmente foi sacrificado para virar refeição.

A narrativa retrata uma família de retirantes, castigada pela seca e vivendo em situações degradantes e cercada por pobreza e fome, retrata o sertão nordestino, naquele período (1929).

Depois de muito caminhada sobre o sol com sua família, Fabiano encontra uma casa no meio do nada, e resolve se instalar ali com sua família. Quando um tempo depois aparece o dono da casa que Fabiano se propôs a trabalhar para ele em troca de moradia.

Fabiano tenta sobreviver com sua família nas terras do patrão, que sempre conseguia lhe passar a perna nas prestações de contas.

Ele descobre que esta sendo enganado por alguém que julgou confiar. Na realidade quem descobre as contas é Sinhá Vitória, mulher inteligente.

Após uma briga em um bar, ele é injustiçado, agredido e preso. Sem nenhum motivo aparente. A única culpa que carrega em seus braços é a pobreza, a covardia e a ingenuidade.

Na cadeia pensa na família, em como acabou naquela situação e acaba perdendo a cabeça, gritando com todos e pensando na família como um peso a carregar.

Fabiano chega após os fatos ocorridos chega a pensar que Baleia esta doente, e resolve então sacrificar a cadela.

Sinhá Vitória recolhe os filhos, que protestavam contra o sacrifício do pobre animal, mas não havia outra escolha. O primeiro tiro acerta o traseiro de Baleia e a deixa com as patas inutilizadas.

A cadela sentia o fim próximo e chega a querer morder Fabiano. Apesar da raiva que sentia de Fabiano, o via como um companheiro de muito tempo.

Em meio ao nevoeiro e da visão de uma espécie de paraíso dos cachorros, onde ela poderia caçar preás à vontade, Baleia morre sentindo dor e arrepios.

E assim a vida vai passando para essa família sofredora do sertão nordestino. Até que um dia, com o céu extremamente azul e nenhuma nuvem à vista, vendo os animais em estado de miséria, Fabiano decide que a hora de partir novamente havia chegado.

Partiram de madrugada largando tudo como haviam encontrado. A cadela Baleia era uma imagem constante nos pensamentos confusos de Fabiano. Sinhá Vitória tentava puxar conversa com o marido durante a caminhada e os dois seguiam fazendo planos para o futuro e pensando se existiria um destino melhor para seus filhos.

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